Psicologia por Eliana Alves Lima - CRP 06/61706
CRP: 06/61706 São Paulo/SP | Responsável pela clínica
Ao longo da minha trajetória, encontrei na Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) uma forma prática e baseada em evidências de ajudar pessoas a compreender a relação entre pensamentos, emoções e comportamentos, promovendo mudanças consistentes na saúde mental e na qualidade de vida.
Nesta seção, compartilho textos e reflexões construídos a partir da minha prática clínica como psicóloga, da experiência com pacientes e dos estudos contínuos em Psicologia. O objetivo é oferecer esclarecimento, acolhimento e psicoeducação sobre sofrimentos emocionais cada vez mais frequentes na vida contemporânea, especialmente aqueles ligados à alta exigência, ao trabalho e ao esgotamento emocional.
Meus focos centrais de escrita e reflexão:
Os textos reunidos aqui abordam diferentes temas da saúde mental, com atenção especial ao esgotamento emocional, ao burnout e à ansiedade no contexto do trabalho — sofrimentos cada vez mais presentes na vida de pessoas que vivem sob alta exigência emocional e profissional. A obesidade também é abordada, muitas vezes como resultado desse processo.
Quando o trabalho passa a ocupar quase toda a energia mental e emocional, surgem sinais como cansaço persistente, irritabilidade, dificuldade de concentração, sensação de estar sempre em alerta e perda de sentido. Esse processo costuma se instalar de forma gradual, a partir de sobrecarga constante, autocobrança excessiva e dificuldade em estabelecer limites.
Nos textos e reflexões, o foco está em ajudar a compreender esse caminho, nomear o sofrimento, reorganizar expectativas e pensar formas mais sustentáveis de lidar com a vida profissional e pessoal.
Em alguns casos, o esgotamento emocional também se expressa no corpo. Por isso, parte dos conteúdos aborda como ansiedade, depressão e estresse crônico podem se manifestar por meio da alimentação, do peso, da relação com o corpo e de comportamentos automáticos, incluindo reflexões sobre obesidade e vivências no pós-bariátrico, sempre compreendidas como consequências de um sofrimento emocional mais amplo, e não como o centro da questão.
Outros temas que também atendo e escrevo:
Transtornos de ansiedade
A ansiedade pode se manifestar de várias formas — crises de pânico, fobias ou preocupações constantes. Na terapia, você aprende a reconhecer esses sinais e colocar limites para que a ansiedade seja regulada e não mais um fator de sofrimento.
Depressão
A depressão vai além da tristeza. Ela pode afetar energia, motivação e autoestima. Com a TCC, trabalhamos na identificação de gatilhos, no manejo de pensamentos automáticos e na retomada de projetos, favorecendo melhora consistente e duradoura.
Relacionamentos
Se você se identificou com alguma dessas situações, saiba que há caminhos possíveis. Clique abaixo e agende sua sessão.
Psicologia por Eliana Alves Lima
Burnout: quando até o que você ama começa a pesar...Era um domingo quando comecei a chorar sem entender direito o motivo. Aos poucos percebi: era a segunda-feira que me assustava. Eu não queria atender meus pacientes.
Foi assustador, porque eu sempre amei atender. Com a ajuda da minha psicóloga, percebi que estava vivendo um esgotamento mental (burnout): exaustão e estresse crônico.
O que mais me confundia era pensar: “Mas eu amo meu trabalho, como posso estar adoecendo por causa dele?” — até compreender que mesmo aquilo que amamos pode nos adoecer, quando ocupa todo o espaço da vida e sobra pouco tempo para família, autocuidado e lazer.
Naquela época, além do consultório, eu trabalhava em um centro médico: eram 22 pacientes por dia, de meia em meia hora, e muitas vezes ainda atendia depois. Só quando reorganizei a agenda — diminuindo horários, criando pausas para almoço e café, e reservando manhãs e tardes livres — consegui recuperar energia.
Por isso, fique atento(a) aos sinais:
Questionamentos sobre sua própria competência.
Perda do prazer no que sempre lhe trouxe realização.
Pensamentos negativos e constantes sobre o trabalho.
Evitar pensar no trabalho porque traz sofrimento.
Se esses sinais fazem sentido para você, não os ignore. Procure ajuda psicológica: esgotamento mental tem saída, e você não precisa carregar esse peso sozinho(a).
Era um domingo quando comecei a chorar sem entender direito o motivo. Aos poucos percebi: era a segunda-feira que me assustava. Eu não queria atender meus pacientes.
Foi assustador, porque eu sempre amei atender. Com a ajuda da minha psicóloga, percebi que estava vivendo um esgotamento mental (burnout): exaustão e estresse crônico.
O que mais me confundia era pensar: “Mas eu amo meu trabalho, como posso estar adoecendo por causa dele?” — até compreender que mesmo aquilo que amamos pode nos adoecer, quando ocupa todo o espaço da vida e sobra pouco tempo para família, autocuidado e lazer.
Naquela época, além do consultório, eu trabalhava em um centro médico: eram 22 pacientes por dia, de meia em meia hora, e muitas vezes ainda atendia depois. Só quando reorganizei a agenda — diminuindo horários, criando pausas para almoço e café, e reservando manhãs e tardes livres — consegui recuperar energia.
Por isso, fique atento(a) aos sinais:
Questionamentos sobre sua própria competência.
Perda do prazer no que sempre lhe trouxe realização.
Pensamentos negativos e constantes sobre o trabalho.
Evitar pensar no trabalho porque traz sofrimento.
Se esses sinais fazem sentido para você, não os ignore. Procure ajuda psicológica: esgotamento mental tem saída, e você não precisa carregar esse peso sozinho(a).
"E se"? Quando os pensamentos fazem você olhar para possibilidades como se fossem catástrofes reais, a mente não descansa.
E se não der certo?
E se algo acontecer com quem eu amo?
E se eu tomar uma decisão e me arrepender?
E se eu passar mal?
“E se, e se, e se…” — já se pegou nesse ciclo?
Isso é ansiedade: o medo do que ainda não aconteceu. Mas, no fundo, o que alimenta esse medo é a ideia de que você não dará conta se algo acontecer.
Grande parte desses pensamentos nasce de crenças: convicções que parecem verdades absolutas, mas que na verdade foram aprendidas ao longo da vida por experiências, falas alheias, conclusões que você tirou. A boa notícia é que toda crença pode ser questionada.
💡 Experimente se perguntar:
-
Qual a chance real disso acontecer?
-
Se acontecer, de que formas eu poderia lidar?
-
Será mesmo que o pior sempre acontece?
-
Conheço alguém que já passou por isso? Como essa pessoa enfrentou?
A questão central da ansiedade é que muitas vezes você subestima sua capacidade de enfrentar situações.
E lembre-se: aquela sensação ruim no corpo como coração acelerado, mãos suadas, respiração curta não é um inimigo, é apenas o mecanismo de “luta ou fuga”, um sistema de proteção para que você decida se deve agir ou recuar. A ansiedade só machuca quando está fora de controle.
Por isso, o caminho não é eliminá-la, mas aprender a regulá-la. Um passo de cada vez. Um dia por dia.
"Sou preguiçoso (a)!" Não! Talvez você esteja com depressão.Muitos pacientes me dizem: “Não tenho vontade de fazer nada, devo ser preguiçoso(a).”
Mas na verdade, isso pode ser um sinal de depressão — um processo muitas vezes não identificado, que leva a rótulos injustos.
A lentidão, o adiamento constante e a falta de prazer nas atividades (anedonia) podem ser interpretados como desinteresse ou preguiça. Esse mal-entendido aumenta a culpa e o sofrimento, quando na verdade se trata de um quadro clínico que precisa de cuidado.
É importante lembrar: nem toda pessoa com depressão chora todos os dias. Às vezes, os sinais são mais sutis. Veja alguns sintomas comuns:
-
Diminuição do interesse ou prazer em atividades de rotina.
-
Sensação de inutilidade ou culpa excessiva.
-
Dificuldade de concentração.
-
Fadiga e falta de energia.
-
Alterações no sono (insônia ou excesso de sono).
-
Agitação ou lentidão incomum.
-
Perda ou ganho significativo de peso.
-
Pensamentos recorrentes sobre morte.
Você não precisa apresentar todos os sintomas para ter um diagnóstico. Por isso, é fundamental buscar um especialista.
Na Terapia Cognitivo-Comportamental, o tratamento envolve estratégias como:
-
Retomar atividades gradualmente (ativação comportamental).
-
Registrar e compreender pensamentos automáticos.
-
Questionar crenças negativas que reforçam o sofrimento.
Em alguns casos, o acompanhamento psiquiátrico também é necessário — e isso não é motivo de medo, mas sim um passo de cuidado.
💡 O mais importante: depressão tem tratamento, tem controle, e você pode viver melhor.
💡Vale lembrar que depressão muitas vezes se conecta a outros quadros, como a ansiedade e até a obesidade. A tristeza, a preocupação excessiva e a dificuldade de lidar com o corpo e a autoimagem podem se misturar. Cuidar de cada um desses aspectos, com acompanhamento psicológico adequado, é abrir espaço para uma vida mais leve e equilibrada.
E se não der certo?
E se algo acontecer com quem eu amo?
E se eu tomar uma decisão e me arrepender?
E se eu passar mal?
“E se, e se, e se…” — já se pegou nesse ciclo?
Isso é ansiedade: o medo do que ainda não aconteceu. Mas, no fundo, o que alimenta esse medo é a ideia de que você não dará conta se algo acontecer.
Grande parte desses pensamentos nasce de crenças: convicções que parecem verdades absolutas, mas que na verdade foram aprendidas ao longo da vida por experiências, falas alheias, conclusões que você tirou. A boa notícia é que toda crença pode ser questionada.
💡 Experimente se perguntar:
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Qual a chance real disso acontecer?
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Se acontecer, de que formas eu poderia lidar?
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Será mesmo que o pior sempre acontece?
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Conheço alguém que já passou por isso? Como essa pessoa enfrentou?
A questão central da ansiedade é que muitas vezes você subestima sua capacidade de enfrentar situações.
E lembre-se: aquela sensação ruim no corpo como coração acelerado, mãos suadas, respiração curta não é um inimigo, é apenas o mecanismo de “luta ou fuga”, um sistema de proteção para que você decida se deve agir ou recuar. A ansiedade só machuca quando está fora de controle.
Por isso, o caminho não é eliminá-la, mas aprender a regulá-la. Um passo de cada vez. Um dia por dia.
Muitos pacientes me dizem: “Não tenho vontade de fazer nada, devo ser preguiçoso(a).”
Mas na verdade, isso pode ser um sinal de depressão — um processo muitas vezes não identificado, que leva a rótulos injustos.
A lentidão, o adiamento constante e a falta de prazer nas atividades (anedonia) podem ser interpretados como desinteresse ou preguiça. Esse mal-entendido aumenta a culpa e o sofrimento, quando na verdade se trata de um quadro clínico que precisa de cuidado.
É importante lembrar: nem toda pessoa com depressão chora todos os dias. Às vezes, os sinais são mais sutis. Veja alguns sintomas comuns:
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Diminuição do interesse ou prazer em atividades de rotina.
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Sensação de inutilidade ou culpa excessiva.
-
Dificuldade de concentração.
-
Fadiga e falta de energia.
-
Alterações no sono (insônia ou excesso de sono).
-
Agitação ou lentidão incomum.
-
Perda ou ganho significativo de peso.
-
Pensamentos recorrentes sobre morte.
Você não precisa apresentar todos os sintomas para ter um diagnóstico. Por isso, é fundamental buscar um especialista.
Na Terapia Cognitivo-Comportamental, o tratamento envolve estratégias como:
-
Retomar atividades gradualmente (ativação comportamental).
-
Registrar e compreender pensamentos automáticos.
-
Questionar crenças negativas que reforçam o sofrimento.
Em alguns casos, o acompanhamento psiquiátrico também é necessário — e isso não é motivo de medo, mas sim um passo de cuidado.
💡 O mais importante: depressão tem tratamento, tem controle, e você pode viver melhor.
💡Vale lembrar que depressão muitas vezes se conecta a outros quadros, como a ansiedade e até a obesidade. A tristeza, a preocupação excessiva e a dificuldade de lidar com o corpo e a autoimagem podem se misturar. Cuidar de cada um desses aspectos, com acompanhamento psicológico adequado, é abrir espaço para uma vida mais leve e equilibrada.
Esses conteúdos partem de uma compreensão de que a obesidade é um fenômeno complexo, frequentemente relacionado a fatores emocionais, cognitivos e comportamentais, e que muitas vezes aparece como consequência de processos de estresse crônico, ansiedade e esgotamento emocional.
Atualmente, esses textos permanecem como parte da minha história profissional e do cuidado integral em saúde mental, sem se configurarem como o eixo central da minha atuação.
A obesidade te "impede" de viver?Você recusa convites porque sente que nada lhe cai bem?
Deixa de tentar uma nova vaga porque acredita que será recusado(a) pelo peso?
Permanece em um relacionamento abusivo porque pensa que ninguém mais vai querer você?
Será mesmo que é o peso que te impede de viver… ou são os pensamentos que você tem sobre si?
O ponto central é: você não precisa provar nada para o mundo, mas precisa acreditar em você.
Como começar?
Resgatando seus valores: quem é você além da aparência?
Reconhecendo o que já conquistou, os esforços que já fez.
Percebendo que os amigos de verdade não estão preocupados com a sua roupa ou aparência.
Entendendo que um lugar de trabalho que recusa o seu potencial pelo peso não é o lugar certo para você.
E, principalmente, lembrando que em um relacionamento saudável não existe espaço para humilhação.
É sobre você se amar, se bancar, se valorizar. Porque pessoas que se valorizam atraem relações mais saudáveis.
E se você decidir emagrecer, tudo bem: vamos olhar para seus conflitos, para seus pensamentos, e construir mudanças reais na rotina e na vida.
💡 Porque no fim, o que importa não é o peso, mas a forma como você se enxerga e se trata. E isso… está ao seu alcance.
Você recusa convites porque sente que nada lhe cai bem?
Deixa de tentar uma nova vaga porque acredita que será recusado(a) pelo peso?
Permanece em um relacionamento abusivo porque pensa que ninguém mais vai querer você?
Será mesmo que é o peso que te impede de viver… ou são os pensamentos que você tem sobre si?
O ponto central é: você não precisa provar nada para o mundo, mas precisa acreditar em você.
Como começar?
Resgatando seus valores: quem é você além da aparência?
Reconhecendo o que já conquistou, os esforços que já fez.
Percebendo que os amigos de verdade não estão preocupados com a sua roupa ou aparência.
Entendendo que um lugar de trabalho que recusa o seu potencial pelo peso não é o lugar certo para você.
E, principalmente, lembrando que em um relacionamento saudável não existe espaço para humilhação.
É sobre você se amar, se bancar, se valorizar. Porque pessoas que se valorizam atraem relações mais saudáveis.
E se você decidir emagrecer, tudo bem: vamos olhar para seus conflitos, para seus pensamentos, e construir mudanças reais na rotina e na vida.
💡 Porque no fim, o que importa não é o peso, mas a forma como você se enxerga e se trata. E isso… está ao seu alcance.
Não tenho uma história pessoal de perda de peso para contar, mas ao longo da minha trajetória clínica acompanhei muitas histórias humanas marcadas por dor, expectativa, frustração e transformação.
Atendi pessoas que buscavam emagrecer e também aquelas que já haviam passado pela cirurgia bariátrica. Embora a bariátrica seja uma ferramenta importante, ela não encerra a jornada emocional. Após o procedimento, podem surgir desafios como compulsão alimentar, transferência de compulsões, medo do reganho de peso, dificuldades na relação com o corpo, além de sintomas de ansiedade e depressão.
Com o tempo, tornou-se claro que esses aspectos estão profundamente interligados: ansiedade e depressão podem contribuir para o ganho de peso, assim como a obesidade pode intensificar o sofrimento emocional, criando ciclos difíceis de romper.
Foi a partir dessa experiência clínica que aprofundei meus estudos na relação entre comportamento, emoções e peso corporal, incluindo formações e especializações em Terapia Cognitivo-Comportamental aplicada à obesidade.
Hoje, esse conhecimento permanece como parte da minha trajetória profissional e contribui para uma compreensão mais ampla do sofrimento emocional, especialmente quando o corpo passa a expressar sobrecargas psíquicas relacionadas ao estresse crônico e à alta exigência.
Muitas pessoas encontram na cirurgia bariátrica uma possibilidade concreta de mudança e, de fato, ela pode ser um recurso importante. No entanto, após o procedimento, surgem desafios que não aparecem nos exames médicos: a forma como a mente lida com emoções difíceis.
Quando a comida deixa de estar disponível como principal estratégia para aliviar ansiedade, tristeza, frustração ou vazio, é comum que outros comportamentos passem a ocupar esse lugar. Entre os mais frequentes estão o consumo de álcool, compras impulsivas, jogos online e até o excesso de trabalho.
Isso acontece porque intervenções físicas ou comportamentais, por si só, não modificam automaticamente os padrões de pensamento e de regulação emocional. A relação com a comida pode mudar, mas a maneira de lidar com o sofrimento interno continua demandando atenção.
Do ponto de vista psicológico, esses movimentos não indicam falta de força de vontade, mas a tentativa do organismo de encontrar alívio para estados emocionais intensos. Sem novas estratégias de enfrentamento, o sofrimento tende a buscar outras saídas.
É nesse contexto que a psicoterapia se torna fundamental, ajudando a pessoa a:
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Reconhecer gatilhos emocionais e contextos de vulnerabilidade
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Compreender pensamentos automáticos que sustentam comportamentos compulsivos
-
Desenvolver formas mais conscientes e saudáveis de lidar com emoções difíceis
O acompanhamento psicológico não é um complemento secundário nesse processo. Ele é essencial para compreender padrões emocionais, ampliar recursos internos e sustentar mudanças mais profundas e duradouras, especialmente quando o corpo deixa de ser a principal via de regulação do sofrimento.
Obesidade, comportamento alimentar e TCC
O emagrecimento raramente depende apenas de dietas ou exercícios físicos. Na prática clínica, observa-se que ele está profundamente relacionado à forma como pensamentos, emoções e comportamentos se organizam no dia a dia, especialmente em contextos de ansiedade, estresse crônico e alta exigência.
A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) é uma abordagem amplamente utilizada para compreender esses processos, ajudando a identificar padrões de pensamento, crenças e reações emocionais que interferem na relação com a comida e com o próprio corpo.
Esse olhar psicológico é relevante tanto para pessoas que buscam emagrecer sem cirurgia quanto para aquelas que já passaram pela bariátrica e enfrentam desafios como medo do reganho de peso, rigidez alimentar ou substituição de comportamentos compulsivos.
Ao compreender esses padrões, torna-se possível construir uma relação mais consciente com a alimentação, ampliar a capacidade de regulação emocional e lidar com dificuldades sem recorrer exclusivamente ao controle ou à restrição. Nesse sentido, o trabalho psicológico não se orienta pela balança, mas pela construção de mudanças mais sustentáveis ao longo do tempo.
Não estou preparado (a) para fazer psicoterapia
Muitas pessoas pensam assim no início. E está tudo bem.
Fazer psicoterapia é, acima de tudo, um ato de autocuidado: um espaço para se ouvir, se abrir para a mudança e permitir que o novo entre na vida. Mas cada um tem o seu tempo.
Se você ainda não se sente preparado(a), apenas observe: como as questões que incomodam têm afetado sua vida? Muitas vezes, é nesse olhar que surge o momento certo de buscar ajuda.
É comum permanecer em situações que trazem sofrimento apenas porque parecem “seguras”. O medo do novo pode parecer mais arriscado do que continuar onde está. Se isso acontece com você, respeite o seu tempo. Só não esqueça: você não precisa enfrentar tudo sozinho(a).
A psicoterapia não é um processo obrigatório ou pesado. Ao contrário: é um espaço de apoio, reflexão e crescimento. Um lugar onde você pode repensar escolhas, encontrar alternativas e desenvolver habilidades para lidar melhor com a vida.
Se um dia sentir que chegou a hora, saiba que a terapia pode ser um recurso valioso tanto para os desafios cotidianos, quanto para questões mais complexas. E a porta estará sempre aberta para você.
Encontre tempo para falar e ouvir sobre você!
Eu sei… a vida é corrida. São responsabilidades, compromissos financeiros, tarefas que nunca acabam e quase sempre sobra pouco tempo para você.
Mas já pensou que talvez fosse mais fácil dar conta de tudo se você também estivesse bem? Se você pudesse se colocar na sua lista de prioridades?
Muitas vezes acreditamos que os outros devem estar sempre em primeiro lugar — filhos, família, trabalho. Isso é natural. Mas, quando você não cuida de si, a paciência vai embora, a intolerância cresce e a convivência perde leveza. O amor permanece, mas você se sente cansado(a), irritado(a) ou até isolado(a).
A verdade é que cuidar de você não é egoísmo. É essencial. Só estando bem é possível desfrutar plenamente da companhia de quem você ama e oferecer o melhor de si.
Reflita: os motivos que ainda afastam você da terapia são realmente impeditivos… ou apenas uma forma de adiar o desconhecido?
A psicoterapia pode ser esse espaço para aliviar o peso, organizar pensamentos e reencontrar paz. Porque todas as prioridades da sua vida ficam melhores quando você também está bem.
Psicólogo só conversa! Não vou!
Muita gente acredita que psicoterapia é só ouvir, em silêncio, sem troca. Outras pessoas imaginam que o psicólogo vai dar conselhos prontos. Mas, na verdade, cada profissional tem um jeito de conduzir o processo — e isso faz diferença na experiência do paciente.
Se você sente necessidade de uma psicóloga que converse, que ajude a organizar seus pensamentos, faça perguntas, proponha reflexões e ofereça ferramentas práticas, talvez a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) seja a mais adequada para você. Nela, há espaço para diálogo, orientação e estratégias que podem ser aplicadas no dia a dia.
É importante saber: se você não se sente à vontade com o estilo de um profissional, não significa que a psicoterapia não funciona. Pode ser apenas uma questão de encontrar alguém que se alinhe ao que você precisa naquele momento.
Então, se você procura uma psicóloga que fale com você e não apenas te ouça, saiba que esse espaço existe. A terapia é, antes de tudo, uma parceria para que você se compreenda melhor, encontre novos caminhos e se sinta fortalecido(a) para lidar com a vida.
"Não considere nenhuma prática como imutável, mude e esteja pronto a mudar novamente. Não aceite a verdade eterna. Experimente". Skinner.
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